8 de abr. de 2010

Zelins


Eu não vi o filme do Lula, mas li uns pedacinhos do livro sobre o companheiro. Como eu já disse, gostemos ou não, acho que o Lula é uma personalidade que será vista na história brasileira à altura da relevância (para o "bem" ou para o "mal") de um Getúlio Vargas, no mínimo, começando por sua trajetória social inusitada, de um nordestino de família paupérrima e que chega ao cargo político máximo do país, quebrando uma tradição de 500 anos do mando por representante da "nobreza" socioeconômica do país (imperadores, militares e bacharéis, basicamente).

Mas mais interessante que a biografia do Luis Inácio, está sendo a leitura da "trilogia" do José Lins do Rego: (1) Menino de Engenho (o menino a partir dos 4 anos), (2) Doidinho (o adolescente aos 14 anos) e (3) Bangüê (o rapaz nos seus 24 anos). A sociedade - já em decadência - moldada pelos/nos engenhos de cana de açúcar do interior nordestino, no caso, Paraíba, sendo substituídos pelas já industriais usinas de refino. Todos esse contexto cultural e econômico entrando na formação da personalidade de um homem.

José Lins é considerado, dentro da literatura, o "inventor" do novo romance brasileiro. Está naquele "rol" de autores que, na escola, a gente vê na "obriga" e pega nojo da coisa.

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