12 de abr. de 2011

Onde nenhum outro ser humano jamais havia chegado


Hoje se completam 50 anos do primeiro humano no espaço. O cosmonauta russo Yuri Gagarin chegou onde nenhum outro ser humano jamais havia chegado.

Na reportagem de ZH de hoje, 12/04/2011, é dito:

“Em 12 de abril de 1961, a redonda e apertada cápsula Vostok subiu a 320 quilômetros de altitude com o cosmonauta em seu interior. Depois de 108 minutos, ele estava de volta à Terra. Foi pouco tempo, mas o suficiente para mudar a história da Humanidade.”

Sobre a importância da viagem, fala a médica espacial da PUC-RS, Thais Russomano:

“Gagarin venceu a última fronteira. Essa missão nos legou a certeza de que poderíamos chegar a outros mundos, habitá-los e colonizá-los, e disparou o que seria a maior competição entre potências mundiais, a corrida espacial, que redesenhou as telecomunicações, a ciência aeroespacial e a tecnologia de ponta em várias áreas do conhecimento.”

O jornal preparou uma reportagem animada muito bacana. Para quem quiser dar uma olhada, vai o link:

http://www.clicrbs.com.br/zerohora/swf/especial_50anos_espaco/index.html

***Na foto, Yuri, a esposa e a filha em 1960, antes da fama - ainda um filho de camponês de pequena estatura, algo decisivo na escolha do piloto da Vostock, pelas dimensões diminutas da cápsula.

Ford recebe medalha de Hitler (a utopia capitalista de Henry no meio da Amazônia)


Uma curiosidade muito significativa. Eu não sabia – e acho que a corporação faz todos os esforços para que isso não seja muito divulgado – que Henry Ford, criador do Império Ford – e que implementou a produção capitalista por excelência no século XX, donde derivou o termo técnico “fordismo” – era admirador entusiasmado do nazismo e ferrenho antissemita, embora empregasse judeus em suas fábricas (assim como o regime de Hitler o fazia – até a exaustão física das pessoas).

Na matéria "A pastoral americana", da revista Pesquisa Fapesp (de abril de 2009) é dito que

“o industrial americano Henry Ford (1863-1947), fundador da Ford Motor Company e o primeiro empresário a aplicar a montagem em série para produzir automóveis em massa, viajou à Alemanha para receber, tal qual um herói, uma alta condecoração por seu apoio ao nazismo e à luta antissemita (Hitler tinha uma foto dele em seu gabinete)”.

A matéria é toda interessante. Vai aí em baixo o link para quem quiser conferir. Fala sobre uma tentativa de Ford, de forma muito pessoalizada, estabelecer cidades-modelos (uma utopia capitalista) no interior da Amazônia brasileira, para a produção do látex, matéria fundamental para os “pneumáticos” de então (o “boom” da borracha de látex ocorreu primeiro com a massificação da bicicleta). Fordlândia e Belterra chegaram a existir. O projeto, que teve apoio entusiasmado de governantes, consumiu na época 20 milhões de dólares da empresa. Hoje restam prédios abandonados.

Imposições como aveia no café da manhã (para caboclos criados com outros hábitos alimentares) e proibições moralistas contra, por exemplo, a prostituição – dentro de uma idealização do “jeito americano de viver” –, ajudaram a minar o utopismo conservador do mega-empresário norte-americano.

http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3822&bd=1&pg=1

Moratória para os loteamentos em Linha Santa Cruz

Quero dar os parabéns às lideranças comunitárias pela mobilização em torno do desafogamento e segurança no trânsito pela RSC-287 em Linha Santa Cruz. Realmente, a situação é caótica e flagrantemente fere direitos básicos do cidadão.

Mas acredito que além do DAER, além das autoridades estaduais, caso de secretários e deputados, precisamos também trazer à responsabilidade às autoridades municipais – afinal, trata-se do trânsito e da segurança pública em nosso município e envolve direta e indiretamente vias públicas sob responsabilidade da administração santa-cruzense.

Uma medida concreta da prefeitura, para que a situação não se agrave e continue a vitimar pessoas, trazer prejuízos materiais e morais aos munícipes (o estresse diário com os engarrafamentos, por exemplo), é NÃO mais autorizar a abertura de loteamentos (ou a expansão dos já instalados) em Linha Santa Cruz enquanto não se se tenha a infra-estrutura de locomoção plenamente garantidas no bairro.

Outro ponto: os donos de terras e loteadores – entre outros – ganham um bom dinheiro com a expansão imobiliária. Tais negociantes também precisam ter responsabilidades. Para além de oferecerem um terreno ou casa, é preciso oferecer condições de ir e vir às residências com tranquilidade. “Atulhar” de loteamentos, vender “a varrer” terrenos e casas implica em aumentar o número de pessoas no bairro, que deve ter condições de atender todas as necessidades derivadas desse aumento populacional.

Aliás, a falta completa de áreas de lazer, praças e parques é algo também lamentável para um bairro de 4 mil pessoas. Penso que, de novo, os loteadores e prefeitura já deviam ter estabelecido algum tipo de acordo para garantir áreas descentes para as crianças, jovens e adultos terem um lazer social saudável todos os dias, em especial nos fins de semana.

Talvez a associação de moradores pudesse pressionar, levantando essa proposta de “moratória” nos loteamentos do nosso bairro. Entrementes, acho que todo cidadão pode, por seus meios, “fazer alguma coisa”.


***A prefeitura mobiliza-se para que seja instalada uma linha de avião entre Santa Cruz e Porto Alegre pelo Aeroporto Luiz Beck da Silva. Muito bom. Mas com a atual atrofia no trânsito no Bairro Linha Santa Cruz, os horários de voo não poderão ocorrer em torno das horas de “rush”, quando a fila de carros parados ultrapassa a entrada do nosso aeroporto. Caso isso não se resolva, passageiros e tripulação terão vários dessabores, com atrasos, constrangimento e, quem sabe, inviabilidade de manutenção da linha aérea. Além disso, o fluxo no aeroporto será mais um atravancamento para os próprios moradores do bairro, aumentando o pesadelo de quem precisa trabalhar, estudar, fazer compras etc. fora de Linha Santa Cruz...